top of page

RESUMOS

Clique na letra inicial do primeiro nome do autor desejado para ser direcionado ao resumo

A

Uma “índia” tradutora: uma reflexão sobre o lugar de La Malinche nas cartas de Cortez

 

Adeline de Nazaré Martins da Silva Ferreira

Graduanda em História UFT

 

 

Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar como Hernan Cortez –figura que em 1519 comanda o processo de conquista da confederação Azteca, fala sobre La Malinche ou Doña Marina, a índia tradutora. À luz de outras fontes, como de importantes cronistas, Doña Marina é tratada como uma figura valiosa no processo de conquista do império Azteca, pois ela desempenhava a função de intérprete, sendo assim mediava entre Cortez e os nativos, pacificando o processo e que por eles, indígenas, acabou sendo lembrada como traidora. Nas cinco cartas que Cortez escreve ao imperador ele a apresenta em apenas dois momentos e apenas em um deles a nomeia. Sendo assim percebe-se Cortez tentando silenciá-la, mesmo assim ali está ela, protagonizando mesmo “a margem”, agindo entre o conquistador e os conquistados. Porque Hernan Cortez fala tão pouco sobre ela e os outros (cronistas) falam tanto dela? Porque há esse “silenciamento” em relação a essa figura tão emblemática? Pretende-se defender a hipótese de que a sua aparição nas cartas de Cortez é resultado tanto de um processo de silenciamento quanto do protagonismo dessa mulher indígena no processo de conquista. Para tal, analisaremos as cartas de Cortez à luz da Análise do Discurso, tentando encontrar o jogo de sentido e a voz do outro na escrita cortezina.

 

​

​

A boa morte nas narrativas dos Frades Dominicanos no livro de memória no antigo norte Goiano

 

Adilson Rodrigues da Silva

Graduado em História UFT

​

Resumo: A boa morte é um tema transdisciplinar, o estudo referente a mesma interessa tanto a Biologia, Sociologia, Filosofia, como também a História. Os Frades Dominicanos vieram da França para o Brasil com o propósito de catequizar os Índios e trazer a "verdadeira" Civilização, perceba que Civilização e catequização dividia o mesmo espaço no imaginário social dos padres pregadores. Instalaram-se na sede de Goiás no ano de 1880. Os padres que foram enviados para a missão no extremo norte goiano parte deles morreu por doenças como a febre amarela (doença comum na região), outros por ataques de animais. A adaptação dos Frades em um novo território foi um processo lento, a morte dos mesmos era iminente, no entanto, a morte não poderia ser de qualquer forma, havia sempre uma ritualização da passagem do mundo dos vivos para o mundo dos mortos. A instituição Dominicana tinha a sua própria construção de boa morte, porém nem todos conseguiram alcançá-la, no entanto as narrativas vão construindo uma boa morte para os Frades.

 

 

​

As faces do racismo brasileiro na fala emocionada de uma griô: o encontro de um adolescente negro com a comunidade quilombola Dona Juscelina (Muricilândia-TO)

 

Aldo Luiz Siqueira Freitas

IFTO

 

Resumo: O artigo apresenta e discute um relato de campo, resultado de uma Visita Técnica, organizada pelo Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (NEABI) do IFTO-Campus Araguaína, no dia 12 de maio de 2018, no Quilombo Dona Juscelina, localizado em Muricilândia - município da Microrregião de Araguaína, no Tocantins. A Visita foi antecedida por uma oficina sobre o método etnográfico: caderno de campo em mãos e disposições para olhar, ouvir e escrever o que viriam a vivenciar no Quilombo. Como resultado desse trabalho de campo, o artigo é escrito na primeira pessoa e se desenvolve em dois eixos. O primeiro trata do encontro entre os autores no Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (NEABI) Campus Araguaína, destacando os lugares de fala de cada um deles: da experiência escolar do aluno e da experiência profissional do professor.  No segundo eixo, o estudante traz o seu relato de campo, cuja questão central é o despertar de um sentimento e de uma reflexão sobre a questão do racismo, a partir da escuta de um relato da Griô Dona Juscelina, que dá nome à Comunidade Quilombola visitada, de um modo que jamais havia sentido e que trouxe um grande impacto à sua visão de mundo, como adolescente negro. Ao final, professor e aluno discutem os impactos dessa visita técnica em suas vidas e nas dinâmicas do NEABI Campus Araguaína.

 

​

​

Perspectivas para ensinar uma história silenciada: interseccionalidade de gênero e raça nas vivências e identidades de adolescentes negras

 

Andreia Costa Souza

Mestranda ProfHistória UFT

 

Resumo: A proposta de comunicação objetiva expor os resultados parciais de uma pesquisa que trata das vivências e identidades de estudantes negras quanto às manifestações articuladas do racismo e do sexismo, através de reflexões inseridas no Ensino de História. O foco das análises estarão nas vivências e relatos das próprias estudantes, nas vidas de mulheres negras da atualidade, e no aprendizado construído sobre a condição social dessas mulheres. Os participantes da pesquisa serão os/as alunos/as de uma turma de oitavo ano de uma escola pública do município de Conceição do Araguaia (PA). O intuito é promover reflexões sobre a equidade racial e de gênero e o protagonismo das mulheres negras, historicamente silenciadas pela produção historiográfica e ensino de história tradicionais. De tal maneira, é possível definir alguns dos problemas de pesquisa que se buscará investigar e responder: como criar estratégias e caminhos que permitam subverter e diversificar os lugares de fala e a perspectiva tradicional do ensino de história? Como as vivências e narrativas das alunas negras poderiam ser aproveitadas pedagogicamente no ensino de história? Como promover o reconhecimento das mulheres, particularmente das mulheres negras, historicamente apagadas e silenciadas pelas narrativas eurocêntricas?

 

​

​

Paisagens sensíveis: sentimentos e ressentimentos das professoras de História

 

Antônio Lucas Ferreira de Sousa

Graduando em História UFT

 

Resumo: Nesta pesquisa busquei analisar as narrativas orais de quatro professoras de história da rede estadual de ensino do Tocantins, que atuam no nível básico, em Araguaína. Com o objetivo de compreender, a partir de suas vivências e das suas representações, as razões e sentimentos que mobilizaram o seu agir e pensar. Na tentativa de compreender o papel desempenhado pela memória e pelos estímulos emocionais no processo de construção de suas identidades e nas suas práticas sociais. Ou seja, como esses sentimentos motivaram tanto a inércia como atitudes afirmativas. Essa pesquisa, que está em andamento, esta vinculada ao campo das sensibilidades que busca leituras do passado que envolvam uma historicização dos sentimentos, tanto em nível conceitual, quanto em nível prático, percebendo a experiência sensível em uma determinada realidade histórica.

 

​

​

As representações literárias das cidades garimpeiras nas obras Oco do mundo e Tipos de rua – norte de Goiás (1940-1960)

 

Brendon Husley Rimualdo Rodrigues

Graduando em História UFT

 

Resumo: Em meados da década de 1940 o processo de exploração do cristal-de-rocha impulsionou o território do antigo norte goiano. Esse movimento nutriu-se até os meandros de 1960. Dois desses núcleos garimpeiros surgiram próximos à cidade de Xambioá, hoje no Estado do Tocantins, seus nomes eram; garimpo de Chiqueirão e depois o da Chapada, Não tão distante “explore” outro de nome Pedra Branca na cidade de Araguanã. Entre outros núcleos presentes nas cidades hoje de Pium, cujo nome foi também Chapada. Cristalândia e Dueré. Neste mesmo período a região chegou a contar com mais de 25.000 garimpeiros vindos de todo o território brasileiro que ajudaram a formar vilarejos que depois se tornaram cidade. Esses sujeitos tinham um único objetivo; o enriquecimento fácil pela extração do minério. Esses sujeitos levavam consigo, (além do desejo de enriquecer) toda uma territorialidade que intensificaram conflitos, disputas e negociações de padrões socioculturais sobre as pessoas e principalmente no território presente. O garimpo foi mais um processo histórico que contribuiu para a formação da identidade tocantinense.

 

 

 

Narrativas de professores de Araguaína sobre a docência

 

Bruna da Silva Cardoso

UFT

Rosária Helena Ruiz Nakashima

UFT

 

Resumo: Os professores são sujeitos que mobilizam diariamente saberes em suas salas de aula, construídos ao longo de suas histórias de vida e formação. Desse modo, esta pesquisa evidenciou os saberes experienciais de docentes da educação básica de Araguaína sobre o saber ser professor/a. Ao utilizar a História Oral como metodologia, considerou os docentes como protagonistas na investigação. Para isso dialogou com Miguel Arroyo, Inês Bragança, Marie-Christine Josso, Alessandro Portelli, Maurice Tardif e Yi-Fu Tuan. Para Maurice Tardif, os saberes da experiência são considerados os mais importantes para o exercício da docência, estes integram os saberes pessoais e escolares que se articulam nas narrativas dos professores quando se referem ao trabalho docente. A partir do diálogo com os referenciais e com as entrevistas, a pesquisa identificou alguns saberes da experiência narrados pelos docentes, como, saber ensinar com emoção, ser exemplo e ter amor pela profissão. Assim, as narrativas do saber ser professor apresentou a docência como uma profissão de desafios e de possibilidades e mostrou que os saberes docentes são temporais e espacialmente construídos na relação com o mundo e com os outros. A pesquisa também considerou os professores como sujeitos que utilizam e também produzem saberes referentes à docência, capazes de contribuir com a formação de outros professores através de suas experiências na docência.

​

​

​

O conhecimento histórico e o saber como instrumento transformador na vida do estudante do ensino médio

 

Cleverson da Silva Martins

Mestrando ProfHistória UFT/IFTO

 

Resumo: O presente texto objetiva realizar uma reflexão teórica sobre o conhecimento histórico e o saber como instrumento transformador na vida daquele que dispõe a pesquisá-lo. Também objetiva-se apresentar e analisar algumas contribuições da Teoria da História por meio do pensamento do historiador e teórico Jörn Rüsen discutido para constituição da categoria conceito histórico. No primeiro momento, esboçaremos algumas concepções sobre o ensino e o conhecimento histórico como ação transformadora na vida do estudante sob o viés de Paulo Freire e Jörn Rüsen. No segundo momento desta reflexão, apresentaremos os conceitos históricos como possibilidades estruturais do conhecimento histórico e a constituição da consciência história segundo Jörn Rüsen, que acredita serem os recursos do pensamento histórico imprescindíveis para a compreensão do fazer e do sofrer humano no tempo.

 

 

 

Memórias do Rio Itacaiúnas nas narrativas dos canoeiros (1980-2014)

 

Damarys Marques Ferraz Saraiva

Graduada em História UFT

 

Resumo: Compreender as problemáticas do presente a partir da memória do passado é um dos objetivos do Historiador. Assim, neste trabalho recorremos às memórias do Rio Itacaiúnas através de relatos de viajantes, bibliografias, bem como das narrativas orais de sujeitos que a vivenciaram e vivenciam o dia a dia do Itacaiúnas, para entender a problemática de degradação, e abandono que este patrimônio cultural da cidade de Marabá está sofrendo. Analisar memórias do passado é reviver os acontecimentos, e as várias emoções psicológicas das pessoas que vivenciaram esses fatos, e com certeza essas emoções podem ser traumas, saudades, alegria ou tristeza. No entanto, é necessário passar por este processo para preservar a memória coletiva dos fatos. Neste sentido, buscamos neste trabalho mostrar a importância do Rio Itacaiúnas nos aspectos econômicos, culturais e sociais para a região do vale do Rio Araguaia e Tocantins, através das narrativas dos canoeiros e dos ajudantes de canoeiros.

​

​

​

A importância da Literatura como forma de resistência da mulher na escrita de Carolina Maria de Jesus e Gloria Evangelina Anzaldúa

 

Denison Soares Costa

Graduando em Letras-UFT

​

Resumo: Vou identificar e descrever a importância da literatura como forma de resistência da mulher na escrita de Carolina Maria de Jesus e Glória Evangelina Anzaldúa. Fundamentação Teórica: O artigo será desenvolvido com base em DUARTE, C. et al. (2010); JESUS, C. M. de (2014); ANZALDÚA, G. E. (1981) e outros. Procedimentos Metodológicos: este é um estudo bibliográfico de caráter qualitativo. Corpus: O corpus é composto pela apresentação das escritoras mencionadas e suas respectivas narrações autobiográficas que apontam suas batalhas em busca de seus direitos. Resultados: Os resultados demonstram que a Literatura tem sido uma importante arma na luta da mulher por sua autodeterminação.

​

​

​

Discursividade sobre a escravidão nos livros didáticos de História – século XX

 

Dimas José Batista

UFT

 

Resumo: Nesta comunicação focalizamos os discursos, narrativas e versões sobre a escravidão e o escravo construídas, ao longo da história do país, por autores de livros didáticos. O estudo se detém sobre a discursividade produzida por uma historiografia didática que passa e perpassa a construção de um imaginário e de representações sobre a África, o negro e a própria escravidão brasileira. Neste sentido, busca-se compreender como foi sendo consolidada uma ideologia de dominação étnica e racial no Brasil, a partir da produção, utilização e circulação de uma historiografia didática consumida nas escolas brasileiras durante o século XX.

​

​

​

​

Resistência e direito a terra: relatos vividos no Acampamento Françoa Riachinho-TO

​

Dislaine Dias dos Santos

Graduanda em História UFT

 

 

Resumo: O presente trabalho busca analisar a resistência e o direito a reforma agraria no primeiro acampamento rural do município de Riachinho Tocantins, este denominado Françoa localizado ao norte do estado do Tocantins, na mesorregião ocidental, na microrregião do Bico do Papagaio próximo o Rio Corda. Acampamento este criado em 10 de março de 2016, reunindo cerca de 60 famílias das cidades cerco vizinhas ao município e do Estados do Pará. O objeto visa a compreender a dinâmica do conflito agrário neste acampamento, mediante a forma de como esses trabalhadores\as optaram por essa luta que é tão violenta e desigual. A problemática consiste na indagação de algumas interrogativas feitas acerca da relação da criação do assentamento com as pessoas a optaram em aderir a luta pelo movimento social. A metodologia dessa pesquisa será de caráter bibliográfico, documental e de campo por intermédio do fenomenológico, elaborado por meio de levantamentos quali-quantitativos, utilizando principalmente o uso da Historia oral, para elucidar por meio de relatar suas trajetórias e lutas.

 

 

​

 

Rediscutindo a África e a cultura afro-brasileira no IFMA Porto Franco-MA

​

Edna Santos Silva

IFMA

 

Resumo: O presente trabalho tem por objetivo discutir as Representações sobre a África e a Cultura Afro-Brasileira partilhada por discentes ingressantes em 2018 no Ensino Médio do IFMA, Campus Avançado Porto Franco. Nesse sentido, faz-se necessário interrogar sobre o estado atual do aprendizado histórico dos discentes em questão sobre o tema apresentado. Quais as representações discentes sobre a África e a Cultura Afro-Brasileira? Quais ações docentes podem contribuir para um aprendizado histórico significativo? Partindo da hipótese que o ensino de História tem por fim uma aprendizagem que torne relevantes os conhecimentos adquiridos, serão realizados procedimentos metodológicos fundamentados na pesquisa-ação com o uso de vários métodos e técnicas, na intenção de promover discussões que possibilitem a interação dos interlocutores acerca da temática apresentada.

​

​

​

A obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena no ensino básico

 

Eli da Silva Duarte

Graduado em História UFT

 

Resumo: O ensino de história na educação básica durante muito tempo privilegiou a história da elite eurocêntrica, tendo uma visão monocultural do nosso passado. Apesar da renovação teórico-metodológica da história, os conteúdos programáticos bem como os livros didáticos desta disciplina pouco contribuíram para formação multicultural dos nossos alunos. A partir de 2003, a edição da lei 10.639 introduziu uma obrigatoriedade do estudo da História e cultura afro-brasileira e africana na educação básica. A partir dos debates que têm ocorrido por diversas décadas e as mudanças metodológicas e curriculares do ensino de história na educação básica, é necessário entender o que levou a aprovação de uma lei que obriga o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena na base curricular. Assim como as outras mudanças que ocorreram na educação nas últimas décadas, acreditamos que a obrigatoriedade da inclusão do ensino de história e cultura afro e indígena se dá pela demanda mundial causada pela globalização bem como pelo capitalismo.

 

​

​

​

Ensino de História e narrativas fílmicas: uma experiência didática na Educação de Jovens e Adultos – EJA

 

Eliane Leite Barbosa Bringel

UFT

 

Resumo: Esta comunicação tem como ponto de partida a pesquisa realizada no mestrado em Ensino de História – ProfHistória - UFT que teve como objetivo investigar o uso do filme enquanto recurso didático-pedagógico significativo no processo de ensino e aprendizagem de história. Buscamos, também, nos aproximar das compreensões dos alunos acerca do mencionado recurso. Tomamos como referência para o tratamento do tema a aplicação de uma experiência didática que envolve o uso de filmes. Aplicamos a proposta didática na Escola Municipal Zeca Barros em Araguaina- TO, numa turma da Educação de Jovens e Adultos.

 

​

​

​

O Ensino de História e o lugar do sujeito na construção da aprendizagem histórica segundo a perspectiva de Rüsen e Ricoeur

 

Eliete Ribeiro Araújo

SEDUC-MA

 

Resumo: As reflexões desse texto se embasam na filosofia hermenêutica de Paul Ricoeur e nos estudos da consciência histórica de Jörn Rüsen, nos quais pretendemos buscar uma aproximação teórica referente à centralidade do sujeito no desenvolvimento da competência interpretativa em relação ao papel do estudante e a construção da aprendizagem histórica no ensino escolar de história. A hermenêutica ricoeuriana coloca a interpretação no cerne da compreensão narrativa e da formação do discurso histórico, o que nos orienta a pensar sobre o lugar do estudante de História como o ser que dirige sua subjetividade em direção a outros sujeitos e suas experiências no tempo passado, em busca de orientação para as expectativas do seu tempo e para a formação de suas identidades. A perspectiva teórica da consciência histórica de Rüsen fornece os fundamentos para pensarmos o estudante de História como sujeito que possui uma consciência histórica sempre passível de ser aprimorada pela construção de narrativas capazes de elaborar sentidos, mediante estratégias de ensino que o orientarão a novas interpretações e formação de saberes históricos.

​

​

​

Ensino de História das mulheres através da música sertaneja

 

Fernando Sousa Lima

Graduando em História UFT

 

Resumo: O conceito de gênero, enquanto categoria de análise assume papel importante no estudo e investigação da organização e relações sociais. O objetivo do artigo é compreender como a música sertaneja no ano de 2018 se torna espaço de resistência, luta e emancipação feminina. Tem-se como metodologia a análise de letras musicais e conteúdo, assim como a escuta do ritmo e da melodia. As principais contribuições desse trabalho são: como discutir questões de gênero no Ensino de História utilizando a música, identificação de desigualdades e compreensão do espaço musical como meio de conquistas para as mulheres? As músicas podem servir de métodos por professores de História no trabalho sobre relações de gênero.

​

​

​

Produção das maquetes nas aulas de História: perspectivas de construção de novas ferramentas didáticas no Ensino de História

 

Francisco Eudo Lima Ribeiro

SEDUC-TO

​

Resumo: A produção das maquetes vai ao encontro a ideia do professor de História, buscar renovações didáticas pedagógicas, no sentido da reconstrução do passado com olhar do presente, as maquetes no ensino de História têm como finalidade estreitar a relação entre teoria e a prática (aquilo que é abstrato, transformando em algo concreto), é fundamental que haja uma transposição didática do conteúdo, que aquilo que o professor esteja falando em sala de aula, como aponta Jaime Pinsky e Carla Pinsky (2013), faça sentido para aquele que escuta: o aluno. Nesta tentativa, desenvolvem-se cada vez mais materiais lúdicos e pedagógicos para envolver o aluno. Com base na fala do autor, está a produção da maquete, um material tridimensional que permite aos alunos visualizar uma representação sobre determinado momento histórico, como é o caso dessas maquetes da Pré-História, Antigo Egito, Grécia Antiga, Roma Antiga, História Medieval, História Moderna e Contemporânea e “História do Tempo Presente”. Portanto tem nos mostrado um novo olhar para o passado, entendo que é um recurso pedagógico construído pelos alunos, com a orientação do professor de História. No momento da produção das maquetes os alunos estão reconstruindo os fatos históricos a partir de suas interpretações, com base nas consultas ao livro didático e em outras fontes de ensino, indo ao encontro do foi enfatizado ao longo das discussões em relação ao rompimento do ensino tradicional, fortalecendo o ensino e a aprendizagem, como sujeitos históricos influenciados pelo meio em que vivem, ou seja, o homem é fruto de seu tempo.

 

​

​

​

Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas: um relato de experiência no IFTO – Câmpus Araguaína

​

Hélio Márcio Nunes Lacerda

IFTO

 

Resumo: Esse relato de experiência se pauta na lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de cultura Afro-Brasileira e Africana no currículo oficial. Nesse sentido, a lei ora citada pode ser interpretada como uma política pública de afirmação que contribui significativamente para promover espaços de diálogos educacionais que pautam o racismo escolar, a fim de produzir estratégias metodológicas de enfrentamento, possibilitem, assim, sua superação. Assim, os objetivos desse trabalho são: 1) relatar os desafios e êxitos de uma atividade escolar com duração de 40 dias, cujo foco foi o enfrentamento do racismo em espaços escolares e não escolares, envolvendo 6 escolas estaduais da região Norte do Tocantins; e 2) apresentar os resultados da I Jornada da Consciência Negra do Norte do Tocantins e IV Semana Negra de Estudos Étnico-raciais, organizada pelo Instituto Federal do Tocantins, através do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas, em parceria com a Universidade Federal do Tocantins- por meio do Curso de História e do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura e Território (PPGCULT), e SEDUC/TO.

 

​

​

De bicicleta à Idade Média

 

Isabella Cristina Aquino Carvalho

SEDUC-TO

 

Resumo: A proposta da atividade pratica foi pensada para a 1ª série do ensino Médio, mas todos os alunos da escola foram convidados a participarem da atividade: “De bicicleta à Idade Média”, o título é instigante e carregado de significados e termos históricos. Nosso objetivo nessa atividade foi trabalharmos conceitos e termos históricos ao longo do nosso percurso pela cidade de Araguaína-TO, a fim de que os estudantes possam reconhecer, compreender e aplicar ideias, conceitos no seu cotidiano. Trabalhamos conceitos de tempo, espaço, fontes históricas, identidades, diversidade, poder, Estado, cidadania, movimentos sociais, comunicação, tecnologia, educação, leitura simbólica, permanências e rupturas. A Idade Média está tão longe e tão perto, e A História consegue explicar essas distâncias. Alguns espaços que surgem ou ganham força durante o medievo como a Igreja, a universidade e as feiras comerciais, são espaços que permanecem até os dias atuais com todas suas mudanças. Fomos à paróquia do bairro localizada próximo a escola, a Paróquia São Vicente de Paulo, fomos bem recepcionados pela diretora da escola que funciona no fundo da paroquia. Os alunos se encontraram em suas memórias, já foram alunos da paróquia. Contaram história dos professores, das travessuras, das idas e vindas à sala da diretora, abraçaram seus antigos professores e observaram como o espaço físico da escola e da igreja haviam mudado.

 

​

​

​

Ensino e consciência histórica nas turmas da Educação de Jovens e Adultos do sistema prisional de Imperatriz-MA: as possibilidades de uma aprendizagem significativa

 

João Cândido Carvalho Marinho

Graduado em História UEMA

 

Resumo: Recompor o passado, pensar o tempo vivido para se perceber enquanto grupo social com uma identidade e dotado de história é de fundamental importância para um conjunto de indivíduos. Esta proposta de pesquisa se dispõe a discutir e repensar as possibilidades de ensino nas turmas de Educação de Jovens e Adultos nas unidades prisionais de ressocialização que, mais do que um elemento diminuição de pena, seja relevante e provoque uma melhoria na percepção de mundo dos alunos, com vistas à reorientação do futuro. Uma proposta que possibilita uma aprendizagem significativa para o ensino de História, pois viabiliza momentos de reflexão e compreensão da realidade em que se encontram os indivíduos em situação de privação de liberdade se torna importante, na medida em que passa a ser um elemento de colaboração no processo de ressocialização, tendo em vista o caráter transformador intrínseco na educação em todas as esferas, não devendo ser diferente nesse espaço de aprendizagem.

 

 

 

História oral como possibilidades de ensino em História

​

Joelma da Silva Santos

Mestranda em História UFT

 

Resumo: O trabalho de pesquisa teve como objeto; analisar as tradições orais em São Félix do Xingu como uma possibilidade de ensino em História. Apresenta uma metodologia de ensino a partir da História oral, que “entre outras alternativas, a história oral se apresenta como solução moderna disposta a influir no comportamento da cultura e na compreensão de comportamentos e sensibilidade humana” (MEIHY & HOLANDA, 2017, p.09). Nesta perspectiva as tradições orais que são passadas através da oralidade de uma pessoa para outra ou dentro um grupo pode-nos a ajudar a conhecer comportamento, vivencias e experiências de pessoas e grupos muitas vezes desconhecidos da história oficial. O trabalho de pesquisa visou aproximar os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental das tradições orais pertencentes ao povo de São Félix do Xingu, mostrando-lhes aspectos relativos a estas tradições orais existentes na cidade, incentivando os educandos a adotarem uma postura de preservação e valorização dos mesmos, identificando-os como parte da história do município.

 

 

​

​

Educação Patrimonial: novas perspectivas para o Ensino de História

 

Jorge Luis de Medeiros Bezerra

Mestre em Ensino de História UFT

 

Resumo: Busca-se apresentar a viabilidade da metodologia da educação patrimonial para o Ensino de História como uma proposta de pratica docente que dinamize o processo de ensino aprendizagem de professores e alunos em sala de aula na escola SESI de Araguaína. Apresentar estratégias de intervenção, a partir das metodologias de Educação Patrimonial e das discussões sobre educação histórica. Através do estudo do patrimônio cultural do Mercado Público Municipal de Araguaína buscamos problematizar novas perspectivas para o ensino de historia, propondo um ensino de História que possibilite um ensinar e aprender com sentido.

 

​

​

​

Ensino de Historia das Mulheres: experiência na EJA em Imperatriz-MA

​

Jucileide da Silva Almeida

Mestranda ProfHistória-UFT

 

Resumo: O trabalho é uma pesquisa realizada no ProfHistória. Desenvolvido com objetivo de apontar possibilidades do ensino de história das mulheres a partir da experiência dos/as estudantes da EJA. Foram mobilizadas narrativas destes a partir de entrevistas e roda de conversa. Para isso convidamos 10 estudantes para narrar seu percurso estudantil na fase da infância, juventude e fase adulta, por meio de entrevista semi-estruturada e da metodologia da história oral. Por meio das entrevistas percebe-se o quanto os/as estudantes vivenciaram é vivenciam dificuldades relacionadas às questões de gênero que interferem em suas escolhas. Vivenciam a divisão binária baseada nas diferenças sexuais E, embora a maioria afirme que mulheres e homens não possam ser julgados e avaliados pela sua sexualidade, observamos que quando eles/as apresentam os atributos que o fazem lembrar de masculino e feminino, essa distinção binária parece clara, principalmente, nos estudantes. E aparecem também na narrativa de seu percurso de vida, a partir do relacionamento com o pai, mãe, com o esposo, etc.

 

 

​

Perfil social dos estudantes da educação de jovens e adultos de Imperatriz-MA

 

Jucileide da Silva Almeida

Mestranda ProfHistória-UFT

 

 

Resumo: Esta pesquisa tem objetivo de analisar o perfil dos/as estudantes da EJA, no intuito de compreender suas dificuldades relacionadas à aprendizagem histórica e de permanência na escola. As fontes foram construídas a partir de entrevistas de história oral de vida, com dez estudantes. Convidamos a narrarem seu percurso de vida na fase da infância, juventude e fase adulta, considerando sua relação com os estudos. O texto está fundamentado no conceito de aprendizagem histórica de Rüsen . As conclusões apontam para as dificuldades enfrentadas por eles/as. Cada um, a seu modo, venceu e vence diariamente as limitações que os afastaram da escola e se permitem retornar e formular planos para o futuro, considerando os estudos como parte importante desse percurso. No tocante às mulheres, suas dificuldades estão muito ligadas à maternidade. Em relação aos homens, seus entraves estão mais ligados ao trabalho. Ressalta-se, ainda, a importância do reconhecimento que os/as estudantes têm acesso ao conhecimento histórico, que é adquirido em diferentes espaços sociais, essa valorização, no contexto de sala de aula, aproxima o/a estudante de uma educação que faça sentido para sua vida prática.

 

​

​

​

Relato de Experiência: da Festa da Abolição aos Rastros dos Griôs

 

Keliane Morais Silva Santos Vale

Mestranda PPGCULT-UFT

 

Katiane da Silva Santos

Mestranda PPGCULT-UFT

 

Sallomão Israel Chaves Borges

Graduando em História UFT

 

 

Resumo: O vídeo intitulado “Da Festa da Abolição aos Rastros dos Griôs” destaca as principais formas de comunicação informais encontradas dentro da Comunidade Quilombola Dona Juscelina, em Muricilândia (TO). Alinhado às áreas de interesse da Folkcomunicação, que busca entender os processos comunicacionais dos marginalizados, o vídeo destaca a cultura quilombola, de aspectos tradicionais, onde suas lutas e reivindicações são seculares. O material é resultado do acompanhamento durante quatro finais de semanas – no período 8 de abril de 2018 a 13 de maio de 2018 – de atividades na comunidade, nas quais os pesquisadores registram cantos, rodas de conversas, oficinas de saberes e fazeres, culminando com a Festa 13 de Maio que é um canal de comunicação entre o povo quilombola e não quilombola, entre suas atividades há cantos, cortejos pela cidade e anunciações de um passado escravocrata e do direito à liberdade. O grupo étnico mobiliza-se utilizando recursos tecnológicos através de plataformas digitais: Facebook e Whatsapp, onde também transmite seus conteúdos, fazendo ecoar sua cultura.

 

​

​

​

Memória e Identidade: as narrativas autobiográficas de Estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) como possibilidades educacionais para o ensino de História

 

Laila Cristine Ribeiro da Silva

Mestranda ProfHistória UFT

 

Resumo: O projeto de pesquisa aqui apresentado, faz parte do programa de Mestrado Profissional em Ensino de História - Profhistória e surgiu na intenção de subsidiar meios para se refletir juntos com os pares do ensino de história, sobre sua prática profissional e a importância da valorização das identidades dos estudantes da EJA. A pesquisa está sendo desenvolvido no município de Araguaína, em um trabalho de formação continuada promovido em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. Os sujeitos envolvidos são os professores regentes da disciplina de História e alguns estudantes que pertencem a essa modalidade de ensino, escolhidos pelos referidos professores. A abordagem metodológica, apropria-se dos pressupostos da pesquisa-ação. Estima-se que a promoção das narrativas de vida dos discentes contribuam para desenvolver nos estudantes um sentimento de pertencimento e valorização, levando-os a perceber que a história não é somente as leituras de livros e informações de outros exteriorizados, mas é, antes de tudo, a conscientização de que todos possuem um lugar social identitário adquirido através da sua própria história.

 

​

​

​

Narrativas, memória e identidade no Tocantins: o rural e o urbano na luta por espaço e território em área de assentamento (P.A. Fortaleza, em Nova Olinda, período de implantação atual)

 

Leila Sousa França

Mestranda PPGCULT-UFT

 

Resumo: Parte de uma pesquisa maior que se destina a investigar as estratégias de territorialização constituídas a partir da dinâmica identitária na área do Projeto de Assentamento Rural conhecido como P.A. Fortaleza, situado no município de Nova Olinda Tocantins, essa apresentação objetiva discutir alguns aspectos relativos à caracterização do assentamento a ser estudado. Nesse sentido, propomos apresentar aqui o processo inicial de constituição do assentamento, buscando articular esse processo às disputas em torno da apropriação territorial. Tomando por base os estudos em cultura e território, procuraremos traçar um movimento que vá da luta pela ocupação da terra até os primeiros sinais da constituição de formação sociocultural no lugar, o que nos permitirá, por meio de uma abordagem interdisciplinar, alargar nossa visão acerca das dinâmicas que envolvem os processos de territorialização, processos estes os quais pretendemos desenvolver no decorrer da pesquisa. Pensando no espaço como anterior ao território, procuraremos problematizar a formação dessa P.A. a partir do entendimento de que a desterritorialização é um processo em que os sujeitos foram expropriados de seus antigos territórios, por uma diversidade de fatores, e se fixaram em novos espaços, o que consideramos como um movimento de reterritorialização.No que concerne à abordagem metodológica, trabalharemos com a composição de dois procedimentos: análise narrativa e interpretação das memórias.

 

​

​

​

Oralidade e tecnologia como diagnóstico social no processo de aprendizagem

 

Luciano Alves Gabarrão Silva

Graduado em História UFT

​

Resumo: O diagnóstico das relações sociais no ambiente escolar é fundamental para delinear estratégias de aprendizagem conectadas com os interesses e realidades dos educandos. Os cuidados da Historia oral possibilitam a produção do registro de experiências e problematiza questões cotidianas ao propor e acompanhar iniciativas de envolvimento dos educandos com a terra (aqui reconhecida como seu lugar afetivo e produtivo), compartilha etapas adaptáveis no processo de construção coletiva de seu estudo, a saber: 01) diagnóstico social, consenso de afinidades e interesses (Tamanduá), 02) mapas psicológicos de sensações (Caracol), 03) ambiente de organização, registro e reapropriação do conhecimento (Muriqui) e 04) ferramentas de publicização e interação com a comunidade (Formiga). No Tamanduá, primeiro momento e contato, priorizamos o uso de ferramentas de informação disponíveis offline (atualizadas posteriormente para banco de dados virtual) e gratuitas. Utilizando um smartphone com o aplicativo whatsapp, educandos do 4º ano da Escola Municipal Henrique Talone , em Palmas-TO, descreveram, em até 10 segundos (áudio), o que mais gostavam (afinidades), o que mais temiam (temores) e estratégias para resolvê-los. Com a coleta de 66 pílulas narrativas, categorizadas pelos próprios estudantes por blocos, optaram, por maioria em “resolver o problema da falta de medicamentos no Tocantins”. Inclui estudos orientados para a compreensão do que são os fármacos e alternativas nos processos de cura, explorando o ambiente escolar e comunitário. Os resultados foram estudos em campo, em múltiplas plataformas autorais, como fanzines, desenhos à mão livre, esquetes teatrais, programação (Scratch) e roda de conversa com uma mestra popular. O protótipo demonstrou a efetividade da pesquisa no ambiente escolar e que a adesão, quando orientada por seus interesses, produz um engajamento que alimenta a curiosidade e a necessidade de novas conexões.

 

 

 

Avenida Cônego João Lima: a produção estética e sensível da principal via de Araguaína (1950-2017)

 

Lusinaldo Almino da Silva

Graduando em História

​

Resumo: Avenida Cônego João Lima foi analisada a partir das imagens produzidas sobre a sua principal avenida. Estruturou-se uma proposta que exigiu pensar as fotografias como produções sensíveis dos fotógrafos, profissionais ou não, que em determinada época registraram imagens da cidade e da avenida. De forma geral, como reflete Pesavento (2007, p.15) as sensibilidades dos outros homens no tempo são difíceis de capturar porque são distintas das de hoje, elas se inscrevem sob o signo da alteridade, traduzindo emoções, sentimentos e valores que já não são mais os nossos. Destarte, as fotografias propagam valores, emoções e sentimentos compartilhados entre o fotógrafo e os consumidores das imagens. Porém, se as imagens revelam, elas também velam, enfim, elas obrigam o pesquisador a pensar nas relações de força graças às quais um dado projeto de cidade, mostrado nas imagens, saiu vitorioso e, não outro.

 

​

​

O ensino de História e as músicas de Chico Buarque de Holanda: da escuta à produção de sentidos históricos na Escola Estadual Engenheiro Palma Muniz em Redenção-PA

​

Marcia Barbosa Nogueira

Mestranda ProfHistória-UFT

 

Resumo: Este texto corresponde à apresentação de uma proposta de ensino desenvolvida na dissertação produzida no Programa de Pós Graduação em ensino de História, realizada na segunda série do Ensino Médio na Escola Estadual Engenheiro Palma Muniz, na cidade de Redenção - PA, entre os anos de 2017 e 2018. Portanto, apresenta-se como objetivo discutir as possiblidades de utilização da música como instrumento didático e fonte histórica nas aulas de História. É evidente que essa prática não demonstra característica inovadora, pelo contrário, muitos professores já experimentaram abordar determinado assunto a partir de uma música na sala de aula. Sabe-se que seu uso permite ilustrar uma realidade histórica; analisar o conteúdo, bem como discutir a noção de fonte histórica. Diante dessas possibilidades, assume-se o desafio de utilizá-la sob a perspectiva da construção de sentidos históricos, além de desenvolver o senso crítico e a sensibilidade musical. Para essa finalidade selecionou-se seis músicas do cantor e compositor Chico Buarque, sendo: Roda viva (1967); Apesar de você (1970); Cálice (1973); Acorda amor (1974); Meu Caro amigo (1976); Vai passar (1984), para estudar o Regime Civil Militar no Brasil.

 

​

​

​

Utopia e alteridade: tempo kairótico e ensino de História

 

Marcos Edilson de Araújo Clemente

UFT

 

Resumo: O trabalho busca refletir sobre a noção de utopia, para além do seu sentido tradicional, tendo como parâmetros algumas contribuições de Jörn Rüsen e Paul Ricoeur. A história do tempo presente indica tensões, em especial no espaço escolar, marcado por diferentes utopias. Como afirma Paul Ricoeur, nosso tempo simultaneamente se afasta do horizonte de expectativas, enquanto reduz o espaço de experiência. Ao contrário da “cisma” que resulta desta tensão, a utopia propõe um olhar kairótico sobre o presente do passado e o presente do futuro. Caracteriza assim um projeto social coletivo/individual, com expectativas críticas diversas. Em que o ensino de História pode contribuir para a formação da consciencia histórica e para o surgimento de utopias renovadas? Na base desta questão Jörn Rüsen e Paul Ricoeur apontam a utopia como constituição utópica de sentido.

 

​

​

​

História local e consciência histórica

​

Martha Melo Carvalho

Mestranda ProfHistória-UFT

 

Resumo: O tema desta comunicação é sobre a relação entre o ensino da história local e a formação da consciência histórica. O ensino da história local tem sido objeto de muitas pesquisas no campo do ensino de história no que diz respeito à consciência histórica. Entendendo consciência histórica como um fenômeno humano, inerente ao ser estar no mundo, pois enraíza-se na historicidade intrínseca à própria vida humana prática: em que medida o ensino de história local atribui sentido a vida dos estudantes. O objetivo é analisar o uso da história local como estratégia para articular consciência histórica, identidades e cultura escolar. Pretende-se aqui desenvolver essa reflexão utilizando os seguintes referenciais teóricos que fomentam esse debate, como: Schmidt (2011), Cerri (2011), Bittencourt (2011) e Rüsen (2007).

 

​

​

​

A terra e seus afetos: memórias e narrativas de homens e mulheres da terra

 

Napoleão Fernandes Viana Filho

Mestrando PPGCULT

​

Resumo: O presente trabalho aborda as relações entre alguns sujeitos específicos e a terra, bem como os frutos oriundos dessas relações, como a cultura, o modo de vida, e principalmente, as afetividades construídas nesse relacionamento. Para alcançar o objetivo deste, foram mobilizados conceitos como memória, narrativa, topofilia e lugar. Procurou-se também lançar algumas alternativas teóricas e metodológicas a serem utilizadas por estudiosos do mundo agrário como os conceitos: homem e mulher da terra, terraformação e a síndrome de Anteu. Tudo isso, partindo do ponto de vista de que a terra e esses sujeitos possuem uma relação dialética, retroalimentar e dinâmica de dependência e manutenção de um ambiente singular marcado por um tecido social muito específico e único.

 

​

​

 

Ser ou tornar-se negro/a: reflexões sobre a identidade na escola

 

Paloma Pereira da Silva

Mestranda PPGCULT-UFT

 

 

Resumo: O presente trabalho procura tecer reflexões sobre a viabilidade de introdução da construção da identidade negra no currículo escolar, levando em consideração a implementação da Lei nº 10.639 sancionada em 2003. Assim, busca-se pensar como o território escolar pode trabalhar as possibilidades de contribuir positivamente nessas questões, evidenciando a importância do reconhecimento da identidade negra para o(a) estudante. Para tal, apresenta a necessidade de discussão a respeito das representações e concepções sobre o que é ser ou assumir-se negro atualmente consoante com o corpo e cabelo. Dessa forma, pensamos a escola e também o corpo como territórios onde se desenvolve um tenso processo de construção e/ou desconstrução da identidade negra. Pensando esta como um segmento interdisciplinar construído e reconstruído histórica, social e culturalmente, condicional e contingente a partir da relação com o outro e consigo. Assim, o objetivo do trabalho é pleitear as propriedades e possíveis conexões entre identidade negra e escola articulando conceitos importantes nesse diálogo como: corpo, representatividade e negritude.

 

​

​

Memória e Narrativa: estratégias para o ensino de História das Mulheres

 

Priscila Cabral de Sousa

Mestranda ProfHistória UFT

 

Resumo: Partindo do fato de que a aplicabilidade prática é que provê a História tanto como ciência, quanto como disciplina, algumas questões devem ser suscitadas quando se pensa o Ensino de História: qual a função social do conhecimento da história para a vida pública? Como fazer com que o discente entenda o significado do conhecimento histórico para a sua vida prática? Quais transformações sociais relevantes podem decorrer a partir do que se ensina nesta disciplina? De acordo com Rüsen (2011, p. 71-72) “a consciência histórica pode ser conceituada como uma síntese entre a consciência temporal e moral”. Por isso, pretende-se propiciar por meios didáticos o aprendizado histórico, visando o desenvolvimento da consciência histórica do aluno e proporcionando-lhe participação ativa no processo de ensino e de construção do conhecimento histórico. Para Rüsen (2011, p.12), “a narrativa é a face material da consciência histórica”, logo, este trabalho baseia-se em uma proposta de intervenção metodológica com o intuito de propiciar o Ensino de História das Mulheres utilizando a memória como recurso por meio do qual se trabalhará o desenvolvimento da competência narrativa e da Consciência Histórica, visando diminuir os discursos que desvalorizam as mulheres e instigar o interesse dos alunos pela disciplina de História.

 

 

 

O catolicismo orionita no antigo extremo norte goiano nos relatos de memória dos “filhos da Divina Providência” (1952-1980)

 

Raylinn Barros da Silva

Mestre em História UFG/SEDUC-TO/IFTO

 

Resumo: Levando em conta a relação entre história e memória e sua intersecção com a literatura tocantinense, essa comunicação tem como objetivo socializar a pesquisa que buscou pensar a atuação dos missionários católicos orionitas, presentes desde os anos 1950 nos sertões do então extremo norte goiano, hoje Tocantins. Eles adentraram na região “curando”, “ensinando” e “convertendo” os sertanejos num primeiro momento e, num segundo momento, construindo seminários, asilos, centros comunitários, hospitais, creches e escolas religiosas. Nesse sentido, a partir da análise de relatos de memória dos próprios religiosos e referenciais teóricos inseridos no âmbito da História Cultural, refletiremos em que medida os missionários orionitas contribuíram – a partir das suas ações nas áreas da saúde, educação e esfera religiosa – para a constituição de uma memória para a região. Memória observada no aspecto físico (construções e monumentos), como também uma memória escrita (livros escritos pelos primeiros missionários). Partimos do princípio que ao estabelecerem esses dois tipos de memória, os orionitas lançaram as bases para a constituição do catolicismo de forma institucional na região.

 

​

 

História e memória das pessoas em situação de rua em Araguaína-TO

 

Sueli Marques Ferraz dos Santos

Graduanda em Psicologia FACDO

​

​

Resumo: A terminologia “população em situação de rua”, usada em documentos oficiais no Brasil, refere-se a um conjunto de significados que abrange grupos bastante heterogêneos, que fazem da rua um espaço de coabitação. Dentro deste espaço existem indicadores temporais, caracteristicamente diferentes diante do elo familiar, institucional vigentes ou abstraído. São nos espaços públicos que estes sujeitos estabelecem suas relações particulares, qualificando-os como “população em situação de rua” (BRASIL, 2008, p.3). Compreende-se que a fala é essencial na conduta da pesquisa. Entende-se que a linguagem e as emoções estão entrelaçadas e permitem uma comunicação produtiva, construtiva no âmbito da subjetividade. Trata-se de uma pesquisa de história de vida, por meio da entrevista aberta e casual, considerando o meio público e sem fronteiras institucionalizadas a priori, que se constituem no espaço das praças, sarjetas, escadarias e orlas de percurso, com livre acesso de todos. As atividades incluem, sujeitos que vivem em situação de rua e estejam disponíveis para a entrevista, destacam as duas mediações fundamentais na constituição do indivíduo: a linguagem e as emoções.

 

 

 

Convivendo com vítimas racistas em sala de aula: relato de experiência de uma professora iniciante

 

Taillany Sousa de Mesquita

Graduada em Letras-UFT/SEDUC-TO

​

 

Resumo: A proposta de comunicação, intitulada “Convivendo com vítimas racistas em sala de aula: relato de experiência de uma professora iniciante”, consiste num relato de experiência vivido por uma professora da educação básica em início de carreira lidando com as diversas formas de manifestação do racismo em sala de aula, se vendo obrigada a aprender a combatê-lo e a ir em busca de estratégias de enfrentamento como parte do processo de ensino-aprendizagem, formando os alunos cidadãos crítico-reflexivos, preparando-os para viver em sociedade na tentativa de romper com os processos hegemônicos. O relato de experiência está baseado em aulas específicas sobre o tema supracitado, sendo complementado com os juízos do ideal de beleza, com demonstração de materiais produzidos por alunos de turmas de sextos e sétimos anos, para exemplificar tanto o racismo enfrentado pelas crianças negras da periferia de Araguaína estudantes da escola pública, como também o pensamento construído do entendimento sobre que é belo no decorrer da existência do ser humano através das sociedades/mídias, que influencia no julgamento e discriminação do aluno negro e negra em sala de aula, o que acarreta significativamente seu desempenho escolar, consequentemente, seu futuro enquanto cidadão e profissional.

 

​

​

​

A Literatura Regional e sua importância para a construção da identidade da cidade de Araguaína

 

Taillany Sousa de Mesquita

Graduada em Letras-UFT/SEDUC-TO

​

Resumo: Na presente proposta de comunicação, intitulada A Literatura Regional e sua importância para a construção da identidade de Araguaína-TO, intencionamos apresentar algumas produções literárias do Estado do Tocantins, pensando a literatura regional e sua importância na construção da identidade da cidade de Araguaína. Para isso, teremos como objeto de pesquisa os poemas “Aniversário da Cidade” (2009), do escritor Edson Gallo, e o poema “à araguaína” (1986), do poeta Jauro Studart, que têm o mesmo objeto de inspiração – a cidade de Araguaína –, mas sob diferentes expectativas. Como perspectiva adotada para o estudo, visaremos à literatura produzida no Tocantins como construtora e colaboradora de uma identidade regional, valorizando a história e a cultura local. Esta comunicação se faz necessária pelo pouco conhecimento das peculiaridades araguainenses nas literaturas já produzidas. Com o ideal de que a literatura é uma forma de humanização dos indivíduos, assim como também uma forma suma de cultura (popular ou não), usaremos teóricos como Antônio Candido, Sanches da Cruz e Rildo Cosson. Tentaremos responder a questionamentos que surgem diante da necessidade de se criar uma identidade e qual o papel da literatura diante disso.

 

​

​

​

Audiovisual e Ensino de História: usos por professores da educação básica em Araguaína-TO

​

Wellington Amarante Oliveira

UFT

 

 

Resumo: As múltiplas narrativas audiovisuais veiculadas pelos meios eletrônicos de comunicação ocupam um papel importante ao lado da história acadêmica e da história escolar na difusão de representações e na construção de uma determinada cultura histórica. Mas de que forma os professores de História da educação básica têm lidado com o tema? Esta comunicação tem por objetivo central discutir os elementos iniciais de um projeto de pesquisa a ser desenvolvido no âmbito da Universidade Federal do Tocantins que visa investigar os usos das narrativas audiovisuais por professores de História atuantes nas escolas estaduais do município de Araguaína, no Estado do Tocantins. Com os resultados do projeto pretendemos mapear as práticas recorrentes e as saídas criativas pensadas por professores no exercício da docência.

 

​

​

A formação da cultura política conservadora: o caso dos neopentecostais em Araguaína (1975-2014)

 

Wiris Orimar Ferreira

Graduado em História Unitins

 

Resumo: O trabalho que orienta essa apresentação busca investigar se há uma cultura política de viés conservador em Araguaína e região. Para conseguir alcançar os nossos objetivos escolhemos como sujeitos sociais os evangélicos neopentecostais. O período delimitado para a realização da pesquisa compreende os anos de 1975 a 1990. Como é formada essa cultura política? Quais os mecanismos que são utilizados para a sua concretização? Como estamos numa fase preliminar de levantamento de dados esses e outros questionamentos serão respondidos com o desenrolar da pesquisa. Nesse sentido, nessa apresentação pretendemos discutir o conceito de cultura política e suas implicações dentro de uma dada formação conservadora em Araguaína.

B
C
D
E
F
H
I
J
K
L
M
N
P
R
S
T
W
bottom of page